sábado, 13 de novembro de 2010

ELEIÇÃO DA AMB: ATOR DA GLOBO CONTRA MAGISTRADO


A disputa eleitoral para a presidência da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), entidade que congrega juizes e desembargadores de todo o país tem apresentado características singulares. O atual presidente da entidade, Mozart Valadares, juiz de direito, viveu e vive a frente da entidade de classe uma verdadeira paranóia midiática, uma psicose caracterizada por um orgulho exagerado e um egoísmo que chega as raias do absurdo.

Mozart Valadares não perde uma oportunidade para aparecer, e na maioria de suas manifestações só se presta a desagregar a Magistratura, macular a imagem do magistrado, incitar o público contra a classe, quando tinha a obrigação de defendê-la, como órgão de classe que é. Neste momento em que a Magistratura precisa de respeito, união, força, as manifestações deste presidente tem servido apenas para adular, lisonjear baixa e servilmente, os menos avisados, e também para tentar dar prestígio popular ao seu candidato.

Nos debates realizados entre os dois magistrados que disputam a sucessão de Mozart Valadares, o candidato Gervásio Santos que representa a situação e o candidato Nelson Calandra, da chapa Novos Rumos, representante da oposição adotam posições completamente antagônicas. Enquanto Gervásio assume o papel de Mozart, como ator que causaria preocupação ao artista Tony Ramos da novela Passione da Rede Globo de Televisão, Nelson Calandra fala como um verdadeiro Magistrado a seus semelhantes.

Outro aspecto que caracterizou essa disputa eleitoral classista foi o uso da máquina. Mozart utiliza toda a estrutura e todos os recursos financeiros de sua entidade para eleger o seu candidato Gervásio Santos. Os dois criticaram publicamente juizes e desembargadores por participarem de congressos patrocinados e saíram com destaque e elogios da mídia, mas pediram depois desculpas a toda a Magistratura culpando a imprensa que não entendeu suas declarações. Essa atitude desprezível de Mozart e de seu candidato Gervásio, lembra a postura de uma pessoa sem moral, infame e velhaca. Que acusa publicamente e sempre pede desculpa no particular.

Mozart criticou na Folha de São Paulo e no site Consultor Jurídico, que o encontro da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), na Bahia, "dá a conotação de lazer e diversão" da Magistratura. Mas realizou neste final de semana um encontro semelhante, em Aracaju, com uma platéia de apoiadores de Gervásio semelhante ao realizado pela Ajufe para tentar conseguir manter na presidência da AMB esse mesmo grupo de atores e não de magistrados.

Gervásio e Mozart fazem o uso midiático e o uso da máquina da AMB para jogar com o público e com a população, esquecendo que representam uma categoria de classe e que deveriam se preocupar com os interesses da categoria que representam. Ao líder de uma entidade cabe o papel mais evidente de defender a sua coletividade, a sua comunidade e não o que faz Mozart e seu candidato Gervásio que só contribuem para a desunião da magistratura brasileira, com posturas incoerentes e oportunistas.

Como jornalista e comunicólogo vejo hoje a AMB dirigida por um ator que nunca disputara os principais papeis de uma simples produção de novela, chamado Mozart Valadares que quer eleger um coadjuvante de menor importância ainda, apresentado como Gervásio Santos. Cabe aos senhores juizes e desembargadores saberem o que é melhor para a categoria. Ou vote num ator de segundo escalão da Rede Globo ou num magistrado de respeito. A escolha é dos senhores. E as conseqüências também.
 

7 comentários:

  1. Realmente, Valadares escorregou bastante em sua administração, deixando muitos associados constrangidos, como na vez em que guerreou, por meio de notas à imprensa, com o ex-presidente da OAB Cezar Britto, sobre a legitimidade do quinto constitucional. Nessa briga, Valadares só diminuiu o crédito do Judiciário perante a opinião pública. Ficou claro que, para ele, é desnecessário a pluralidade dentro dos tribunais.

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  2. Luchetti,
    É sempre muito importante divulgar esse tipo de atuação,e certamente os Desembargadores irados conseguirão barrar essa dupla que prejudica o nosso Judiciário.
    Roberto

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  3. Com todo o respeito, o jornalista deve ter se olhado no espelho para falar de ator coadjuvante. Só agora, dada a velhacaria de suas palavras que ressoaram pela vilania, o conheci. Na hora da putrefação.........Felizmente.

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  4. "Se o senhor foi mesmo tudo que diz ter sido, jogou com esses comentários espúrios a sua história no lixo". Defendo a pleno as palavras do senhor Antônio Silveira. É certo que o Senhor Luchetti, aproveitando-se de nossa democracia imatura, tem todo direito de expressar suas ideias. Porém, apresentá-las desta forma, somente quantifica o quão amador é.

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  5. Luchetti,
    Infelizmente... a sua expressão ofende à Magistratura brasileira, porque coloca em dúvida um Magistrado que você não conhece, como sombra do atual presidente da AMB. Em realidade, o Colega Gervásio é um Magistrado exemplar (atual Presidente da Associação de Magistrados do Maranhão - fez muito pela Magistratura daquele Estado) e que não pode responder pelos atos do atual Presidente Mozart Valadares.
    Não sei qual a sua pretensão para tamanha injustiça e manifestação ilegítima. Destruir personalidades por FEITO DE OUTROS é muito fácil! O Gervásio tem a sua própria história... esta, por sinal, é uma história LEGÍTIMA, sendo orgulho para todos nós, Magistrados que persistimos com a bandeira da Justiça e acreditamos na DEMOCRACIA.
    Amini Haddad - Juíza de Direito e Professora da Universidade Federal de Mato Grosso

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  6. José Antônio de Almeida
    Prezado sr. jornalista (?), não divulgue fatos que sabem serem falsos e sem a devida consulta da outra parte. Cuidado porque o Gervásio defende as prerrogativas da Magistratura, especialmente a vitaliciedade. Bem, como você sabe, ou deveria saber estudando mais..., sem vitaliciedade não há democracia e o segundo passo para a morte desta é o cerceamento da imprensa, tal qual o Chaves fez. Assim, você acaba de dar um tiro no seu pé. Pergunte ao Calandra qual a opinião dele sobre isso. Depois, tire as suas conclusões, mas as SUAS conclusões, seja homem !!

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  7. CABEÇA DE JUIZ É IGUAL BUNDA DE NENEM . . .

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