Na reta final das eleições de 2010 é oportuno destacar a transformação que o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, terá que encarar a partir de 4 de outubro. Fundado oficialmente em 1988 e hoje, aos 22 anos, acima da maioridade, o PSDB não será o mesmo depois dessa disputa eleitoral para a Presidência da República. Qualquer que seja o vencedor desse pleito, uma mudança profunda resultará no partido dos tucanos. Nada será como antes.
O PSDB só terá uma saída a partir de 2011. Rever suas origens para tentar, quem sabe, liderar novamente. Os principais objetivos, que justificaram sua criação em 1988, deverão estar à frente de tudo. Seus fundadores queriam construir uma democracia moderna e estável. Repudiavam e rejeitavam as adesões oportunistas. E ainda pleiteavam a não tolerância aos membros do partido que agissem de forma contrária à ética e aos postulados partidários. Esses princípios eram todos oriundos do Movimento de Unidade Progressista – MUP, desde 1987.
Ideário adolescente que na maioridade se provou inatingível. Mas se essa coletânea provinda das ideias políticas de 1987 não frutificar, o capítulo final do PSDB será melancólico como foi a derrocada de outras grandes agremiações políticas na história do país. Deste modo, os fatos reservam apenas um destino ao tucanato. O Partido da Social Democracia Brasileira se transformará num apêndice, o prolongamento de um partido principal. Algo parecido com o Partido da Frente Liberal - PFL (em cujo balcão se negociou as mais repugnantes alianças) e o deteriorado Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB (ex-linha de frente em históricas batalhas democráticas e hoje um generoso pedaço de costela de outra agremiação).
Nesta descompromissada análise, cabe ressaltar que sempre admirei grandes personalidades políticas – fossem de um tempo extinto na História do Brasil, como Juscelino Kubitschek - JK, ou contemporâneas, como Luiz Inácio Lula da Silva, o maior exemplo de liderança popular, obstinação política e determinação pessoal pós Ditadura Militar. Mas abordar Lula por certo soará como oportunismo além de inoportuno, já que estou falando do PSDB e não do Partido dos Trabalhadores - PT. Prefiro retornar ao tucanato e ao seu futuro político.
Voltar ao assunto, porém, significa também voltar no tempo para lembrar o ex-governador paulista Mário Covas, um dos principais fundadores e primeiro presidente do PSDB. Ele é um dos maiores políticos brasileiros. Mário Covas é a quintessência do PSDB, a sua parte mais pura e real.
Quem conheceu o homem e o político Mário Covas sabe do que falo. Apenas para ilustrar o argumento, torna-se oportuno, sobretudo para os jovens que não o alcançaram no auge ou aqueles desprovidos de memória, um pensamento desse líder, destacado na Fundação Mário Covas: “Para me credenciar a defender a minha verdade, começo por manifestar a humildade de saber que existem outras verdades e que elas são tão sustentáveis quanto às minhas e a única razão pela qual um homem, um democrata passa a ter o direito de defender a sua verdade é exatamente o respeito que ele manifesta pela alheia”, proferiu Covas.
A vida política de Mário Covas nunca serviu de cartilha para nenhum tucano. Muito menos para aqueles de maiores e mais belas plumagens. Esse erro foi, com certeza, o maior deslize cometido por um partido político que está a um passo do poder e a um palmo da degeneração.
Se não voltar ao passado para mirar o futuro, o PSDB acabará como mais um partido de negócios e oportunidades. Com o sentimento de dor moral ao rés do chão, como o PFL, ou ficará como uma substância política diversa, formando um todo não homogêneo, numa monstruosa deformidade política, como hoje é a face do PMDB.
O PSDB só terá uma saída a partir de 2011. Rever suas origens para tentar, quem sabe, liderar novamente. Os principais objetivos, que justificaram sua criação em 1988, deverão estar à frente de tudo. Seus fundadores queriam construir uma democracia moderna e estável. Repudiavam e rejeitavam as adesões oportunistas. E ainda pleiteavam a não tolerância aos membros do partido que agissem de forma contrária à ética e aos postulados partidários. Esses princípios eram todos oriundos do Movimento de Unidade Progressista – MUP, desde 1987.
Ideário adolescente que na maioridade se provou inatingível. Mas se essa coletânea provinda das ideias políticas de 1987 não frutificar, o capítulo final do PSDB será melancólico como foi a derrocada de outras grandes agremiações políticas na história do país. Deste modo, os fatos reservam apenas um destino ao tucanato. O Partido da Social Democracia Brasileira se transformará num apêndice, o prolongamento de um partido principal. Algo parecido com o Partido da Frente Liberal - PFL (em cujo balcão se negociou as mais repugnantes alianças) e o deteriorado Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB (ex-linha de frente em históricas batalhas democráticas e hoje um generoso pedaço de costela de outra agremiação).
Nesta descompromissada análise, cabe ressaltar que sempre admirei grandes personalidades políticas – fossem de um tempo extinto na História do Brasil, como Juscelino Kubitschek - JK, ou contemporâneas, como Luiz Inácio Lula da Silva, o maior exemplo de liderança popular, obstinação política e determinação pessoal pós Ditadura Militar. Mas abordar Lula por certo soará como oportunismo além de inoportuno, já que estou falando do PSDB e não do Partido dos Trabalhadores - PT. Prefiro retornar ao tucanato e ao seu futuro político.
Voltar ao assunto, porém, significa também voltar no tempo para lembrar o ex-governador paulista Mário Covas, um dos principais fundadores e primeiro presidente do PSDB. Ele é um dos maiores políticos brasileiros. Mário Covas é a quintessência do PSDB, a sua parte mais pura e real.
Quem conheceu o homem e o político Mário Covas sabe do que falo. Apenas para ilustrar o argumento, torna-se oportuno, sobretudo para os jovens que não o alcançaram no auge ou aqueles desprovidos de memória, um pensamento desse líder, destacado na Fundação Mário Covas: “Para me credenciar a defender a minha verdade, começo por manifestar a humildade de saber que existem outras verdades e que elas são tão sustentáveis quanto às minhas e a única razão pela qual um homem, um democrata passa a ter o direito de defender a sua verdade é exatamente o respeito que ele manifesta pela alheia”, proferiu Covas.
A vida política de Mário Covas nunca serviu de cartilha para nenhum tucano. Muito menos para aqueles de maiores e mais belas plumagens. Esse erro foi, com certeza, o maior deslize cometido por um partido político que está a um passo do poder e a um palmo da degeneração.
Se não voltar ao passado para mirar o futuro, o PSDB acabará como mais um partido de negócios e oportunidades. Com o sentimento de dor moral ao rés do chão, como o PFL, ou ficará como uma substância política diversa, formando um todo não homogêneo, numa monstruosa deformidade política, como hoje é a face do PMDB.
Pois, é, meu caro, partidos mesmo, restaram quase nada. O PTB é um dos raros. Ufanismos á parte, de Getúlio á Campos Machado, talvez seja uma realidade que está surgindo.
ResponderExcluirSe o Serra perder a eleição, como promete, e se por um milagre das urnas, o Alckmin também não levar, não vai sobrar pena sob pena.
ResponderExcluirO PSDB não conseguiu ser oposição ao governo Lula e, em vez de pensar numa aproximação, continuou sem bandeira. Nem situação, nem oposição. Agora, como diz o Luchetti vai pagar caro.
Luchetti,
ResponderExcluirO retirante Lula está prestes a passar o seu caminhão Pau de Arara por cima dos Tucanos nesta eleição, e sem Mario Covas o atropelamento será fatal.
Vai voar pena pra todo lado... Nem o Ministério do Meio Ambiente vai dar jeito.
Roberto Ferreira
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO ato de morrer não pode ser visto sempre como uma inevitável beatificação em nossa política. Todos cometem falhas e Mário Covas não foi uma exceção. Por outro lado é impossível deixar de reconhecer o seu legado para com a nossa democracia. Infelizmente parece que a liderança tucana se esqueceu, e o pior, comete o mesmo erro para com FHC. Sem reconhecer seus grandes nomes o PSDB agoniza e acaba por chafurdar na própria lama !
ResponderExcluirNão há dúvidas que o tucano está sendo ameaçado de extinção. De dossiê em dossiê, ele é caçado. Também não consegue procriar a própria espécie, como observou Luchetti. Triste destino. Ainda mais para um partido que é, por ora, o maquinista da locomotiva do Brasil e responsável por derrotar duas vezes —e no primeiro turno— o presidente com o maior índice de aprovação da história.
ResponderExcluirRT
O PSDB se perdeu por sí só, esqueceu sua história, suas origens, seus homens de frente, os que contruiram e fizeram o Partido da Social Democracia Brasileira surgir e crescer, e no meu entender, se faz certa a frase "Quem não respeita sua história esta fadado a não ter futuro!".
ResponderExcluirAbraços
Sr Luchetti estou precisando muito falar com você...
ResponderExcluirKaique Arruda 061 9307 9803
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